sexta-feira, 29 de maio de 2015

No Brasil há quase 35% mais mortes no trânsito do que nos EUA

Mortes no trânsito

33.561 pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito nos EUA em 2012. No Brasil, foram 44.812 mortes. A frota americana é quase quatro vezes maior que a do Brasil

A National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), órgão de segurança do trânsito nos Estados Unidos, divulgou um relatório referente a todas as ocorrências registradas em 2012 nas vias americanas. De acordo com os dados apresentados, as chances de um motorista homem falecer em decorrência de um acidente são 2,4 vezes maiores do que uma motorista mulher. A faixa etária de 21 a 24 anos é a que mais está em risco e o horário mais mortal para se trafegar é da meia-noite às 03h, aos sábados e domingos. Em 2012, foram registrados 23.808 óbitos de homens ao volante, contra 9.733 de mulheres. Dentre eles, quase 25% dos homens tinham consumido álcool, cenário que está ligado a 15% das mortes entre mulheres.

Segundo o mesmo relatório, 33.561 pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito nos EUA em 2012. No Brasil, foram 44.812 mortes nesse mesmo ano, quase 35% a mais. Sendo que a frota americana é quase quatro vezes maior que a do Brasil. Em 2012, nos EUA haviam 265.647.194 veículos registrados, enquanto que no Brasil, a frota era de 76.137.191 veículos.

Outra diferença brutal é que dessas mortes, apenas 4% se referem a motociclistas, no mesmo tempo em que no Brasil esse número chega a 25%.

Para o especialista em trânsito e diretor do Portal, Celso Alves Mariano, a explicação para essa diferença está em três âmbitos, a cultura norte-americana, a intensa fiscalização e a infraestrutura. “Nos Estados Unidos, a infraestrutura mais a intensa fiscalização, faz com que o cidadão americano se cuide mais e isso se reflete nos números”, analisa. Ainda conforme Mariano, a fiscalização é uma das formas de condicionar comportamentos no trânsito. “Não é a única, nem a mais barata, mas tem eficiência”.

Outra diferença marcante entre brasileiros e americanos é o civismo. “Em alguma medida, eles têm menos dificuldade que nós de respeitar as leis. Aqui, os espertos são os que infringem as normas”, garante o especialista.

Para Mariano, a engenharia de tráfego nos EUA também faz a diferença. “Eles não tem rodovias esburacadas como temos aqui, os veículos de lá têm mais itens de segurança, enfim, estão num patamar muito acima do nosso. Todas essas características fazem do trânsito norte-americano menos violento que o do Brasil, apesar de sua imensa frota”, conclui.

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