terça-feira, 26 de maio de 2015

Coordenador do Samu se revolta após tratamento privilegiado a Angélica e Huck

Eduardo Cury, coordenador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Campo Grande (MS), se revoltou contra o tratamento VIP dado à família dos apresentadores Angélica e Luciano Huck na Santa Casa de Campo Grande, no último domingo (24), depois de que o avião em que eles estavam teve de fazer um pouso forçado nas imediações da capital do Estado. 
Segundo informações do site Portal Metrópole, Cury afirmou que o tratamento oferecido à família global não é o mesmo dado aos pacientes comuns.  "A Santa Casa disse que não tem condições de receber nossos pacientes, que são encaminhados pelo SUS. Gostaria muito que essas autoridades que viabilizaram o atendimento do Huck e da Angélica tivessem o mesmo interesse pelos outros pacientes", afirmou Eduardo Cury. A família Huck foi atendida pelo Sistema Único de Saúde.
De acordo com a revista Veja, a Santa Casa de Campo Grande negou, nos últimos dias, leitos para sete pacientes que estão recebendo tratamento na Unidade de Pronto Atendimento da prefeitura da cidade, que não possui aparelhos básicos, como respirador artificial. 
Segundo Cury, a apresentadora chegou a ser direcionada para a unidade de tratamento intensivo (UTI), que contava com respirador, para fazer os exames de praxe. Cury argumentou que há uma "pactuação" ampla entre o hospital e o Sistema Único de Saúde, que prevê, inclusive, compra de leitos em casos muito graves. Segundo o coordenador do SAMU, houve uma tentativa de compra de leitos para os sete pacientes que precisam de atendimento hospitalar, mas a Santa Casa também negou. "O hospital é obrigado a atender pacientes graves e, depois, discute-se os custos que vão incorrer. E foi isso que tentamos fazer, sem sucesso", disse.
Uma paciente identificada como Celina, de 53 anos, sofreu um infarto no sábado (23) e era uma das que aguardavam por um leito, de acordo com o Portal Metrópole. "Procuramos leitos pelas unidades, e a Santa Casa nos informou que não tinha aparelho respiratório, mas fecharam o CTI de transplante cardíaco para colocar a família global porque estava sendo assediada", criticou o coordenador do Samu.Eduardo Cury disse ainda que o Samu conseguiu levar a paciente Celina para o Hospital Universitário no domingo à tarde, no mesmo horário que estava sendo atendida a família global na Santa Casa e, uma hora depois, ela faleceu."Não posso afirmar que, se ela tivesse ido com mais antecedência, seria salva, mas também não posso raciocinar assim. Tenho que oferecer os melhores serviços no menor tempo possível", destacou o profissional. 

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